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A cognição é uma complexa coleção de funções mentais que incluem atenção, percepção, compreensão, aprendizagem, linguagem, memória, resolução de problemas e raciocínio, entre outras, que permitem que o homem compreenda e relacione-se com o mundo e seus elementos.
A perda de qualquer uma destas funções causa uma profunda mudança no relacionamento social, profissional, escolar, familiar e/ou psicológico do paciente.
O processo de reabilitação inicia-se após uma avaliação do médico que solicita uma avaliação neuropsicológica. Posteriormente, través de entrevista e da avaliação das repercussões cognitivas e comportamentais decorrentes de uma lesão/disfunção cerebral; desenvolvemos um programa de atividades com as técnicas mais adequadas para cada paciente levando em conta as incapacidades, possibilidades e objetivos que queremos alcançar.
Elaboramos cada passo da reabilitação com o objetivo de preservar, compensar e/ou desenvolver (quanto possível) a independência do paciente; adequar seu déficit a sua rotina diária, melhorando assim sua qualidade de vida.
O princípio é utilizar as potencialidades do indivíduo, e não nos centrarmos apenas na recuperação da deficiência, que por vezes, só leva a situações de desespero e frustração.
Exercícios específicos, determinados pelo profissional a partir das habilidades do paciente, leva à plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade do cérebro de compensar prejuízos cognitivos ou motores através de células nervosas saudáveis.
Por sua vez, esse caráter compensatório da plasticidade neuronal favorece a reabilitação neuropsicológica, pois o paciente aprende a compensar seus déficits a partir de suas habilidades preservadas, e assim aumenta sua capacidade de autonomia e recuperação.
Exercícios padronizados em computador e em lápis e papel são os instrumentos que usamos no treino de habilidades cognitivas. Durante todo o treinamento o desempenho de cada paciente é medido através de gráficos fornecendo ao terapeuta informações detalhadas e permitindo uma análise complexa do progresso do indivíduo. Durante todo o processo também é trabalhado com o paciente questões emocionais e comportamentais.
A eficácia da intervenção é avaliada novamente por bateria neuropsicológica após o término do tempo proposto para a Reabilitação.
O diagnóstico de “Distúrbios de desempenho do cérebro” muda a vida.
Principalmente quando atinge o paciente e sua família de repente e no meio da vida. Existem várias causas para esses distúrbios: AVC, TCE, Esclerose múltipla ou Demência, mas também doenças psíquicas ou distúrbios comportamentais na infância.
Muitas vezes, a memória, habilidades de concentração, reação, orientação espacial, linguagem e ou visão são afetados. A reabilitação neuropsicológica proporciona a recuperação dentro do nível máximo de potencial que o paciente apresenta, mesmo que esse não seja igual ao anterior à lesão.
O fato da plena restauração cognitiva, por vezes, não ser um objetivo possível de ser atingido não justifica deixarmos de procurar formas de compensar ou lidar com os déficits apresentados.
A reabilitação não é uma promessa de cura, é apenas uma tentativa que objetiva melhorar a autonomia do indivíduo e levá-lo a atingir o melhor nível possível de competências em todos os ambientes.
Vários estudos mostram que resultados significativos são obtidos através do uso de fármacos em conjunto com a reabilitação neuropsicológica; que contorna ou evita problemas e que estimula o máximo possível as habilidades cognitivas graças a prática e exercícios (reorganização funcional ou procura de outras maneiras de atingir um objetivo). Inúmeros estudos na área de neurociência já comprovaram que a neogênese (nascimento de novas células nervosas) e a neuroplasticidade (desenvolvimento de novas redes neuronais e reforço das já existentes) dependem de estímulos externos.
Em outras palavras, quanto mais você usa o seu cérebro, mais as suas habilidades cerebrais são desenvolvidas. Assim como os exercícios físicos desenvolvem os músculos e protegem a saúde cardiovascular, os exercícios cerebrais desenvolvem as habilidades cognitivas. Ou seja, aprimoram a sua capacidade de atenção, pensar, aprender, raciocinar e memorizar.
Os exercícios cerebrais também protegem o cérebro contra a demência (perda ou diminuição das habilidades cognitivas) e contra a senilidade (conjunto de prejuízos cerebrais e motores causados pelo envelhecimento). E o resultado disso é o incremento da capacidade de processamento do cérebro, produzindo benefícios a curto prazo (desenvolvimento de habilidades) e a longo prazo (maiores reservas cognitivas).
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