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TDAH - Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade

TDAH - Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade

TDAH - Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Atendimentos

Transtorno crônico do neurodesenvolvimento que afeta precocemente e influencia o funcionamento pessoal, social e acadêmico/profissional.

Conhecendo um pouco o cérebro com TDAH: 

Portadores de TDAH têm alterações na região frontal e em suas conexões com o resto do cérebro. Estudos realizados com IRM funcional mostra uma hipoatividade frontal afetando várias regiões do córtex (córtex anterior cingulado, córtex pré-frontal dorsolateral, córtex pré-frontal inferior e córtex orbito frontal), e certas áreas relacionadas (tais como partes dos gânglios basais, do tálamo e do córtex parietal).
 

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A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano e é responsável pela inibição do comportamento (inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, pela memória, pelo autocontrole, organização e planejamento. São alterações químicas, nos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, que passam as informações de um neurônio a outro. Um estudo longitudinal recente relatou um atraso de cerca de três anos na maturação do cérebro em caso de TDAH.

O TDAH é um transtorno altamente hereditário e as principais características são a dificuldade em regular a atenção, controlar impulsos e hiperatividade. Esses sinais devem obrigatoriamente manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.

Segundo o DSM-5, são cinco os critérios diagnósticos (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013):

CRITÉRIO A – Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere com o funcionamento ou desenvolvimento. Em ambos os domínios seis (ou mais) dos seguintes sintomas devem persistir por pelo menos seis meses, em um grau que é inconsistente com o nível de desenvolvimento, e tem um impacto negativo diretamente sobre as atividades sociais e acadêmicas/profissionais. Para adolescentes e adultos mais velhos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são obrigatórios:

1. DESATENÇÃO:

a) Muitas vezes, deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido na escola, no trabalho ou durante outras atividades.

b) Muitas vezes tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (por exemplo, tem dificuldade em permanecer focado durante as palestras, conversas ou leitura longa).

c) Muitas vezes parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (por exemplo, a mente parece divagar, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia).

d) Muitas vezes, não segue instruções e não termina tarefas domésticas, escolares ou no local de trabalho (por exemplo, começa tarefas, mas rapidamente perde o foco e é facilmente desviado).

e) Muitas vezes tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (por exemplo, dificuldade no gerenciamento de tarefas sequenciais, dificuldade em manter os materiais e os pertences em ordem, é desorganizado no trabalho, tem má administração do tempo, não cumpre prazos).

f) Muitas vezes, evita, não gosta, ou está relutante em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (por exemplo, trabalhos escolares ou trabalhos de casa ou para os adolescentes mais velhos e adultos: elaboração de relatórios, preenchimento de formulários, etc).

g) Muitas vezes perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo, materiais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, documentos, óculos, telefones móveis).

h) É facilmente distraído por estímulos externos.

i) É muitas vezes esquecido em atividades diárias (por exemplo, fazer tarefas escolares, adolescentes e adultos mais velhos: retornar chamadas, pagar contas, manter compromissos).

CRITÉRIO B – Vários sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade devem estar presentes antes dos 12 anos de idade.

CRITÉRIO C – Vários sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade devem estar presentes em dois ou mais contextos (por exemplo, em casa, na escola ou trabalho, com os amigos ou familiares; em outras atividades).

CRITÉRIO D – Há uma clara evidência de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

CRITÉRIO E – Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso da esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo, transtorno de humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno de personalidade).

Como é o tratamento?

O tratamento é realizado através de:

Psicoterapia – A psicoterapia com maior evidência científica de eficácia é a terapia cognitivo-comportamental.

Psicoeducação – Proporciona estratégias que ajudam na organização e administração da vida cotidiana.

Em alguns casos, medicação – Os medicamentos mais utilizados no tratamento dos pacientes que não respondem ao tratamento são os psicostimulantes, como o metilfenidato, que em pessoas com o transtorno melhoram os três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
 
A terapia cognitivo comportamental junto com a reabilitação neuropsicológica tem produzido modificações significativas no comportamento em nossos pacientes.
Orientações aos pais e abordagem psicoeducativa também são fundamentais.
 
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